segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Il Divo

IL Divo inHK.JPG
Da esquerda para a direita, Sébastien Izambard, Carlos Marín, David Miller and Urs Bühler.

O francês Sébastien Izambard (voz popular);
O espanhol Carlos Marín (barítono lírico);
O norte-americano David Miller (tenor lírico);
E o suíço Urs Bühler (tenor dramático).


Há um tempo atrás um colega de trabalho, músico, apresentou-me o grupo Il Divo com a canção "Amazing Grace".
Hoje recebi do mesmo amigo no facebook o link para a música "Hallelujah" cantada por outro grupo: Kurt Nilsen, Espen Lind, Askil Holm og, Alejandro Fuentes. Ao exibir o vídeo na página do You Tube, encontrei ao lado acesso para a mesma música cantada por Il Divo.
Ambas execuções são belíssimas e seguem abaixo.
Era tudo que eu precisava hoje - arte de primeira linha!
Para isso Deus nos fez, para o belo, para o bom, para o verdadeiro.
Aos olhos mais atentos é perceptível  no grupo Il Divo o alto nível técnico vocal, a dramaticidade no olhar, o corpo falando em atitude de respeito e contemplação, e o extremo cuidado com o ponto onde a câmera inevitavelmente focaria...a boca do cantor. Como diria Ronie Von, tudo é impecável.
No outro grupo, uma apresentação mais despojada, mas com grande qualidade vocal também.

http://www.youtube.com/watch?v=T2NEU6Xf7lM





Hallelujah (Aleluya)

Un Soldado A Casa Hoy Regreso
Y Un Niño Enfermo Se Curo
Y Hoy No Hay Trabajo En El Bosque Entre La Lluvia
Un Desamparado Se Salvo Por Causa De Una Buena Acción
Y Hoy Nadie Lo Repudia

Aleluya
Aleluya
Aleluya
Aleluya
Aleluya

Un Ateo Que Consiguió Creer,
Y Un Hambriento Hoy Tiene De Comer,
Y Hoy Donaron A Una Iglesia Una Fortuna
Que La Guerra Pronto Se Acabara,
Que En El Mundo Al Fin Reinara La Paz
Que No Habra Miseria Alguna

Aleluya
Aleluya
Aleluya
Aleluya
Aleluya

Porque La Norma Sea El Amor
Y No Gobierne La Corrupción
Sino Lo Bueno Y Lo Mejor Del Alma Pura
Porque Dios Nos Proteja De Un Mal Final
Porque Un Dia Podamos Escarmentar
Porque Acaben Con Tanta Furia
Aleluya

Aleluya
Aleluya
Aleluya
Aleluya
Aleluya


Aleluia

Aleluia

Um soldado para casa voltou
Um garoto doente se curou
E não há trabalho no bosque sob a chuva
Um desamparado se salvo por causa de uma boa ação
E hoje ninguém o repudia

Aleluia
Aleluia
Aleluia
Aleluia
Aleluia

Um ateu que começou a crer
Um faminto hoje tem o que comer
E doaram a uma Igreja uma fortuna
A guerra logo se acabará
E no mundo enfim reinará a paz
E não haverá miséria alguma.

Aleluia
Aleluia
Aleluia
Aleluia
Aleluia

Por que a norma será o amor
E não governe a corrupção
Senão o bom e o melhor da alma pura
Que Deus nos proteja de um triste fim
E que um dia possamos nos compreender
E que acabem com tanto ódio
Aleluia


Aleluia
Aleluia
Aleluia
Aleluia
Aleluia

 

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Il_Divo
http://letras.terra.com.br/il-divo/1364503/traducao.html
http://www.youtube.com/watch?v=VzB8xC_CwH8&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=T2NEU6Xf7lM


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Pelo direito de sentir dor e ser saudável psiquicamente

Incrível como algumas pessoas têm dificuldade de encarar, de aceitar que alguém às vezes não está bem. Sua angústia e ansiedade em fazer o outro ficar bem, não é só, ou nem tanto preocupação com essa pessoa, mas sim consigo mesmas. É. Se o outro fica mal a maioria das pessoas não sabe o que fazer, não aguenta e nem sabe que deve respeitar. A alta modernidade trouxe uma regra imperativa de que todos têm que ser felizes o tempo todo a qualquer custo e, consequentemente, se alguém não está feliz, mesmo tendo motivo...é um "dramático", "derrotista", "fraco", "nada estrategista", "depressivo"...
Ora, ora, ora! Mais um pouquinho e quando falecer um filho os pais farão uma festa de arromba no lugar do velório pra dizer que dor é coisa de despreparados e que sabem enfrentar bem os momentos "ruins".
Engraçado, Freud já falou disso há mais de cem anos atrás...sobre a negação como mecanismo de defesa.
Muitos negam estar em momento "ruim" porque não aguentam sua dor. Outros assumem, encaram de frente, corajosamente, admitindo para si e para os outros, mas aí entre esses outros há os que querem negar a real existência dos problemas alheios, não permitindo que a pessoa fale deles ou sobrepondo a eles os seus - e este é outro comportamento cômico e bizarro que venho percebendo, o da "competição de desgraça", ora, se alguém se dá o direito de ter problema e falar deles, há quem ouça e logo queira superar, relatando ter problemas maiores, e se não são fazem ser pela retórica.
Negar o problema do outro ou competir em tamanho de desgraça, igualmente, é fugir da realidade do outro, é fechar-se em si mesmo, é reduzir sua visão à distância do seu umbigo, é proteger-se na incapacidade de diferenciar a vida do outro da sua.
Pessoas resolvidas sabem ouvir o outro, aceitar quem ele é, o que está sentindo, o que pensa, suas dificuldades, seus limites e, ressalta na hora certa e na dose certa suas potencialidades, não cobra, oferece, não condena, liberta, não foge, fica, não finge, respeita, não se robotiza, se humaniza, não quer estar certo, quer ser bom, não pesa, alivia.
Mas muitas vezes é quem já está pesado que consola o lev(iano)e.
E essa é outra situação cômica e bizarra.


domingo, 8 de janeiro de 2012

Treinamento pra eremita

Um dia um amigo meu...sábio...vivido...além de estudado...observador...disse-me: "deixe ir...se voltar é seu e sempre foi".
Eu tinha motivos pra confiar no que ele dizia.
Deixei ir.
Deixei ir.
Deixei ir.
Ninguém voltou.
Palmas pra mim!!!
Eu consegui deixar ir.
Todos estão bem.
Com seus sonhos realizados.
Impulsionados por mim.
Felizes.
Que boazinha que eu sou.
Não sou circo,
mas faço a alegria do povo.
Mando ir pra frente,
pra cima,
e isso é sempre longe de mim.
Quem disse que o sangue italiano é sempre gregário?
Vai que está escrito nas estrelas que serei eremita?
E que a fase de muitos amigos era só um estágio?


Uma Ferrari!

Voltar pra casa sozinha.
A gente aprende.
Tudo se aprende.
A ser Princezinha.
Correta.
Boa menina.
E a ser perversa também.
Se aprendemos a ser traídos
aprendemos a trair.
Por querer?
Não.
Contingências.
Quem foi mocinho um dia
será vilão quando menos esperar.
Não duvide.
E quem sempre foi vilão
só pode virar mocinho,
não há o que piorar.
Melhor ser sempre vilão,
assim há esperança
de algo melhorar.
Se você sempre foi correto
o que poderá melhorar?
E perder a esperança dizem que é a morte.
Melhor ser certinho e morrer logo sem esperança de algo melhorar
ou ser um caminheiro errante deste mundo e esperar que um dia seja melhor?
Até Jesus disse que veio para os doentes, pecadores.
O que um "santo" pode desejar ainda?
Eu quero mais é o paraíso.
Quero ir logo pra esse lugar.
O que será que se pode fazer pra acelerar a ida para o céu além do suicídio?
Isso está muito batido.
Depois ficam denegrindo sua imagem.
Deve haver um caminho melhor, mais rápido, mais eficaz, mais glamouroso.
Pela lógica, abusar muito, depois na hora H converter-se.
E como se converte de um temperamento?
Diz a ciência que temperamento não se muda, apenas se doma.
Que esforço descomunal algumas pessoas têm de fazer pra dominar seu temperamento.
Os fleumáticos nascem calmos e assim serão, nunca saberão o que é esforçar-se por autocontrolar-se.
Já os coléricos como eu, podem fazer o esforço maior do mundo, ficar com o rosto manchado pela adrenalina, nada será reconhecido, porque mesmo com toda força psíquica não conseguirão chegar aos pés dos pacatos fleumáticos.
Ah! Essa classificação de temperamento é antiga, mas serve pra entender do que falo.
Alguns cheiram coca ou tomam extasy pra sentirem-se mais "ligados", para terem mais energia. Alguns como eu sentem o sangue pular nas veias sem precisar de droga alguma, a droga foi plantada em nosso sangue na concepção, fomos gerados com "droga excitante" no sangue.
Já inventaram várias drogas pra acalmar esse sangue fervente, mas algumas são ineficientes, outras robotizam, sim, transformam gente em máquina.
O que será melhor?
Uma Ferrari há 40km/h no centro da cidade ou uma Ferrari há 300km/h na pista certa?
Parece desperdício a primeira opção.
A segunda exige visão do alto, do todo, perspectiva, saber alocar as coisas para o lugar certo.
Fazem isso muito bem com os carros.
Mas não sabem fazer isso com as pessoas.
Afinal, que importância têm as pessoas?
Eu não as posso vender por milhões de dólares.
A menos que seja jogador de futebol.
Você pode fazer sexo muito bem,
cantar muito bem,
dançar muito bem,
ensinar muito bem,
vender muito bem,
curar muito bem,
rezar muito bem,
cozinhar muito bem,
escrever muito bem,
falar muito bem,
você não poderá ser comercializado como uma Ferrari.
Poxa, está aí, eu não sabia o que queria ser
agora acende uma luz:
quero ser uma Ferrari!
Alocada para a pista certa.
Uma Ferrari não volta pra casa sozinha!