Tem aí
fitas e laços de cetim,
de organza,
de seda,
flores em tons pastel,
um pouco de perfume
e uma caixa bem grande,
bem maior que eu,
pra caber tudo
que preciso proteger
das quedas,
dos atritos?
Tem aí
algo bem leve pra vestir,
pra carregar,
pra sorver,
doce e não engorde,
um pouco de raridade
e uma chave segredo,
que abre tudo
e fecha nada,
que exibe meus bordados
avessos
e direitos?
Então não venha,
não fale,
não ouse,
esqueça,
não me aborreça
com a mesmice
dessa paisagem
feito máscara
carnavalesca.
Eu abro estradas,
inspiro,
decido,
capino,
não me acomodo
com o que vejo.
Busco com calma.
Quero leveza
entre minhas mãos!
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