quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Eu não nasci pra isso

1. Eu Não nasci pra vender minha força de trabalho por tão pouco, por menos do que ela vale.
1.1 E como medir isso?
a) Comparando com o desempenho de outros profissionais da área? Ou com outros profissionais na própria empresa, mesmo que de outra área? Ou com os profissionais anteriores? O outro é um bom parâmetro?
b) Ao sabor da afinidade do avaliador com o avaliado? Ou do que o avaliador teme desse profissional? A questão é emocional então: afeto ou medo?
c) A proximidade com o ideal daquela profissão? E quando todos atingem igualmente o mesmo ideal e são valorados diferentemente por seus vencimentos?
d) Verificando o fato ou não do profissional superar expectativas dentro do quadro básico de atribuições do cargo? E esse quadro básico de atribuições estabelece o quanto e de que modo devem ser realizadas as atribuições?

1.2 Quem mede isso?
a) O superior entende das atribuições de seus subordinados?
b) O avaliador recolhe os dados necessários e suficientes para avaliar o profissional? O avaliador sabe fazer a correta leitura dos dados coletados sobre o profissional?
c) O que o avaliador escolhe como princípio de justiça distributiva? Para ele o justo é dar o mesmo valor a todos que têm a mesma função? Ou para ele o justo é dar a cada profissional de acordo com a sua produtividade? Ou para ele o justo é dar a cada profissional de acordo com suas necessidades pessoais?
d) Esse avaliador se deixa ser avaliado também?

1.3 Quando é medido isso?
a) Somente no início do exercício das funções e nas primeiras impressões (sempre carregadas de erro) do profissional?
b) Durante os anos de trabalho (ou outros parâmetros de periodicidade) é revista a avaliação de forma que se torne processual?
c) Nunca é medido?
d) É medido ao sabor dos episódios que desagradam ou inflam a vaidade do avaliador?

2. Eu não nasci pra conviver com a ignorância.
2.1 De quem?
a) Minha
b) Do outro

2.2 Sobre o que?
a) Sobre eu mesma, sobre o mundo, sobre o outro, sobre Deus, sobre o que é bom, sobre o que é belo, sobre o que é justo, sobre o que é verdadeiro, sobre o que é o Amor.
b) Sobre a via complexa das coisas e seres.
c) Sobre a via flexível das coisas e seres.
d) Sobre a via mutável das coisas e seres.
e) Sobre a inevitável via evolutiva das coisas e seres.
f) Sobre a coexistência:
- do bem e do mal;
- do certo e do errado;
- do profundo e do superficial;
- da santidade e do pecado;
- da divindade e da humanidade;
- do ter e do ser;
- do corpo e do espírito;
- da razão e da emoção;
- da sensibilidade e da indiferença;
- da força e da fragilidade;
- da saciedade e da carência;
- dos outros ângulos de visão;
- das perdas e dos ganhos;
- das portas e dos muros;
- do inconsciente e do consciente;
- do querer, do poder e do dever;

2.3 Quando não conviver com a ignorância?
a) Em tempo algum;
b) Quanto mais velha a pessoa, porque assim, menos aceita do outro a ignorância uma vez que quer receber sabedoria na medida em que dá.
c) Quanto mais nova a pessoa, para que ela não cresça em tamanho apenas.

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