Quando tudo parece nada. Quando tudo que foi um dia deixa de ser. Quando tudo que veio foi. Quando tudo que foi não voltou. Quando tudo não é percebido. Quando tudo é jogado pra baixo do tapete. Quando tudo é negado. Quando tudo é subjugado. Quando tudo está sob as nuvens. Quando tudo vira cinzas. Quando tudo faz calar. Quando tudo faz enrijecer. Quando tudo faz vitrificar. Quando tudo é esquecido. Quando o nome soa esquisito. Quando tudo é perdido. Quando tudo é querido. Quando nada é vivido. Quando perde os sentidos. Quando nada assusta. Quando nada encoraja. Quando tudo é inverno. Quando nada é estio. Quando tudo se apaga. Quando tudo é sede. Quando tudo é fome. Quando tudo é sono. Quando tudo é ausência. Quando nada arde. Quando tudo é tranquilo. Quando tudo é paz. Quando tudo é despreocupação. Quando tudo comprime. Quando tudo esmaece. Quando tudo é tempo. Quando nada é hora. Quando tudo é delírio. Quando tudo é volátil. Quando tudo é retrátil. Quando tudo jaz. Pra que escrever?
terça-feira, 30 de agosto de 2011
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Eu já devia ter aprendido
As pessoas vêm e vão.
Já compus sobre isso há muitos anos atrás, falando de alguns padres que vinham e íam da minha convivência, que traziam grandes contribuições, que me ensinavam muito, que espelhavam coisas do alto que não se vê todo dia, que não se vê facilmente.
Eu já devia ter aprendido a dessensibilizar. Acho até que aprendi um pouco. Ou talvez só construí uma couraça nas tantas ídas das pessoas.
Mas foi inevitável que a couraça caísse com a visita tão vibrante que tive. Inevitável me permitir contagiar com a leveza, com a alma cantante de minha hóspede. Ah! Sua voz tão bonita. Seu sorriso tão sincero. Ninguém é perfeito. Ninguém é anjo, mas algumas pessoas são boas. E a gente fica vulnerável perto delas. A gente se olha, se gosta, depois, elas vão.
Que pena!
Tão pouco tempo pra tantas coisas.
Que bom!
Em tão pouco tempo tanta luz nesta casa.
Algo havia em comum mais do que uma herança étnica já tão diluída em mim.
Algo ficou pra sempre: o carinho, o afeto, a sensação boa.
É bom receber as pessoas. É bom vê-las livres em nossa casa. É bom ver que o mundo é uma aldeia. É bom mudar as coisas.
Há algumas poucas horas que se foi, a saudade é inevitável. E eu que pensei que não sentiria mais isso. Que me treinei pra deixar ir. Que há muitos anos não pegava numa mão com a tensão de quem segura.
Foi tudo que podia ser. Ficou tudo de bom.
Felicidades! Bênçãos multiplicadas eu lhe desejo por toda a sua vida, menina linda!
Já compus sobre isso há muitos anos atrás, falando de alguns padres que vinham e íam da minha convivência, que traziam grandes contribuições, que me ensinavam muito, que espelhavam coisas do alto que não se vê todo dia, que não se vê facilmente.
Eu já devia ter aprendido a dessensibilizar. Acho até que aprendi um pouco. Ou talvez só construí uma couraça nas tantas ídas das pessoas.
Mas foi inevitável que a couraça caísse com a visita tão vibrante que tive. Inevitável me permitir contagiar com a leveza, com a alma cantante de minha hóspede. Ah! Sua voz tão bonita. Seu sorriso tão sincero. Ninguém é perfeito. Ninguém é anjo, mas algumas pessoas são boas. E a gente fica vulnerável perto delas. A gente se olha, se gosta, depois, elas vão.
Que pena!
Tão pouco tempo pra tantas coisas.
Que bom!
Em tão pouco tempo tanta luz nesta casa.
Algo havia em comum mais do que uma herança étnica já tão diluída em mim.
Algo ficou pra sempre: o carinho, o afeto, a sensação boa.
É bom receber as pessoas. É bom vê-las livres em nossa casa. É bom ver que o mundo é uma aldeia. É bom mudar as coisas.
Há algumas poucas horas que se foi, a saudade é inevitável. E eu que pensei que não sentiria mais isso. Que me treinei pra deixar ir. Que há muitos anos não pegava numa mão com a tensão de quem segura.
Foi tudo que podia ser. Ficou tudo de bom.
Felicidades! Bênçãos multiplicadas eu lhe desejo por toda a sua vida, menina linda!
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Composição
Se a lei da atração está correta, se as técnicas da programação neurolinguística produzem seus efeitos quando usadas, se o conhecimento da parapsicologia fundamenta cientificamente que o inconsciente se constitui como nosso real e eficientíssimo condutor, vale a pena tentar cantar o que se segue com todo o controle do diafragma, com toda a energia da vontade, com toda lógica do pensamento, com toda força da emoção:
Tudo que eu sei
Tudo que eu sei
É que aos quarenta e três
A gente pode ser feliz.
1. Pode ganhar orquídeas,
Pode ganhar coelhinho,
Pode ganhar um vinho
Pode ganhar coroa,
descobrir a realeza
de um mouro.
Não é meu,
Não é de ninguém,
Este homem é do bem. (2X)
Tudo que eu sei
É que aos quarenta e três
A gente pode ser feliz.
2. Pode fazer loucuras,
Pode fazer "docinho",
Pode ser "Chapeuzinho",
Pode brincar com fogo,
Conhecer a boa alma
de um lobo.
Não é meu,
Não é de ninguém,
Este homem é do bem. (2X)
Tudo que eu sei
É que aos quarenta e três
A gente pode ser feliz.
3. Pode mandar "Bom dia!"
Pode mandar beijinho,
Pode ficar juntinho,
Pode viver um sonho,
Desfrutar o gosto
deste tesouro.
Não é meu,
Não é de ninguém,
Este homem é do bem. (2X)
Tudo que eu sei
É que aos quarenta e três
A gente pode ser feliz. (2X)
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Mística e eros - Introdução
Este é o título do livro que acabo de ler e ainda o estou "ruminando" como dizia um amigo meu, isto no sentido de que ainda é preciso "mastigá-lo" de novo e depois mais uma vez e outra na tentativa de mais absorver seus conceitos, assimilar, internalizar a ponto de descobrir caminhos para viver a integração entre Mística e Eros.
O autor do livro, Anselm Grün, OSB, monge e sacerdote benedito, é nascido em 1945 (acho que ter mais idade conta muito em algumas situações), doutor em Teologia, assessor espiritual e autor de vários livros como: "O céu começa em você", "Se quiser experimentar Deus", "Cada pessoa tem um anjo", O céu começa em você", "Os sonhos no caminho espiritual".
A tradução me parece dificultar a compreensão em alguns pontos ou é o texto original que não é tão claro. No entanto, temos que agradecer o que temos em mãos, algo necessário e sobre o que quase nada se lê, ouve ou se discute, constitui o tema do livro, antes, uma angústia velada que encontra nele muito alívio e entendimento. O autor fala de que os místicos que escrevem suas experiências têm um grande problema em achar as melhores palavras para se exprimir. Talvez more aí a causa de algumas dificuldades que encontrei na leitura.
O que apresento aqui é um resumo do texto do autor, recortes pinçados na verdade.
O livro nos propõe vencer a dicotomia corpo e alma, sexualidade e amor a Deus, e mais do que isto, aprender dos místicos que "a sexualidade é uma fonte de espiritualidade e que o eros tem a tarefa de conduzir a pessoa a tornar-se uma só realidade com Deus."(p. 1 e 2).
Comecemos por rever o que é mística e o que é eros.
Mística (p. 1 - 10)
Diversos são os conceitos. Abaixo segue alguns apresentados na obra, alguns de maior complexidade que outros, mais amplos:
1. Mística equivale à espiritualidade.
2. Refere-se somente à experiências extraordinárias de Deus.
3. "tornar-se uno pela pessoa (pela sua consciência) com um princípio divino". (Bierwaltes, 1987, p. 39).
4. "a tomada de consciência direta da presença do divino"e...o fenômeno originário de maior intensidade e da interioridade mais vital" (L. Richter, RGG, p. 1237).
5. "A experiência mística é um evento cognitivo e/ou de amor entre o ser humano e Deus, orientado ao mistério, dificilmente comunicável, derradeiramente inefável, experimentado pelo ser humano como gratuito e como dom de uma uniào com Deus, sem esforço". (Haas, 1989, p.43).
6. Na mística nào está em jogo uma assimilaçào de Deus (homoiosis), mas de tornar-se uno com ele (henosis)". "O místico nunca é idealista, mas realista". (Struve, 1981, p.124). Nào está em questào a perfeiçào, mas a realidade.
7. A mística consiste em estar desperto e atento: "A meu ver a mística consiste em estar atentos nào aos porquês muito distantes, mas às raízes vitais das coisas e pessoas totalmente próximas a nós...". (Roeck, 1991, p.88).
8. O termo deriva do adjetivo grego mystikos, correlato ao verbo myo, que quer dizer fechar os olhos e a boca para a transformação interior num mistério, e do verbo myeo, significando introdução aos mistérios.
8.1 Platão desenvolve uma mística filosófica "onde se une a ascese do espírito à visào espiritual mais alta e verdadeira, através do erotismo". (Haas, 1989, p.29).
8.2 A filosofia neoplatônica compreende a mística nào mais em nível cultural, mas espiritual. A mística é conhecimento de uma verdade envolta pelo mistério. Ela se refere ao ocultamento do divino fundamento do ser, que pode ser interiorizado somente por aquele que se separa da multidão, abrindo-se para Deus pela ascese e pela meditação. (Wulf, 1963, p.182)
Considerando a história da mística, temos dois tipos diferentes de mística:
1. Uma está em unir-se a Deus no fundo da própria alma - mística da essência.
2. Outra é a mística do amor.
A síntese integradora dos dois tipos é mais realista: para a mística do tornar-se uno está em jogo o amor a Deus que plenifica o nosso mais profundo desejo, assim como, para a mística do amor está em jogo o tornar-se uno e fundir-se com o amado.
Esta síntese nos libera da impressão de que a mística tem sempre a ver com experiências extraordinárias e com piedosas efusões da alma, além de também libertar da tentadora oposição de alguns teólogos entre uma mística do tu e outra do ser. Na tradição cristã o que se vê é a presença de ambas polaridades:
1. A procura de Deus por parte do amante, o debruçar-se para o amado e;
2. Tornar-se uno com Deus no fundo da minha alma.
Eros (p. 10 - 11)
Também de Eros temos diversos conceitos, que seguem abaixo:
1. Na mitologia grega ora temos que eros é o primeiro dos deuses e une os opostos.
2. Ora nos mitos gregos eros é um garotinho selvagem, independentemente de idade ou classe social, fere o coração dos seres humanos.
3. Para Platão eros é "um ser intermediário entre mortais e imortais".
4. Jung fala da escala erótica das quatro mulheres: Eva, Helena, Maria e Sofia (Jung, 1973, §210), sendo:
4.1 Eva: a mãe originária.
4.2 Helena: eros como predominância sexual, sobre um plano estético e romântico.
4.3 Maria: "eleva o eros à devoção religiosa e depois o espiritualiza".
4.4 Sofia: representa a sabedoria de eros; "revela uma espiritualização de Helena, portanto, de eros simplesmente". Portanto, eros é mais que sexualidade.
Portanto, eros é mais que sexualidade.
"Eros está numa relação com a sexualidade, porém não coincide com ela...Eros pode penetrar a sexualidade, humanizá-la, porém, em definitivo, a supera. É um 'potencial energético' (P.K. Kurz) que não apenas produz atração sexual, mas põe também a pessoaem relação com a língua, o mundo, a natureza, a profissão e os grupos sociais, com a arte. Na ausência de eros, dificilmente dar-se-á uma religião que toque e comova o coração" (Stoeckle, 1988, p. 332s.)
Quando falamos de Mística e Eros, eros:
- pode ser a força motriz - Eva - que nos conduz a unir-nos a Deus.
- pode agredir-nos e ferir-nos - Helena - principalmente como o adolescente selvagem da mitologia grega.
- segundo Sócrates, tem "em si o impulso para a salvação e a cura - Maria.
- é energia psíquica que nos estimula porque se trata de crescer - Sofia - nos abrir a procura do belo e do mais belo, da verdade.
Segundo o Simpósio de Platão, com o qual podemos perceber que a escala erótica de Jung se relaciona:
- eros é o deus que cria, o espírito criativo do homem - Eva.
- eros é aquele impulso em nós que nos faz desejar a uniào com uma outra pessoa num amor sexual ou de outra forma - Helena.
- eros é o desejo pela totalidade, pelo sentido, pela integração" - Maria.
- eros desperta em nós o desejo de saber, faz-nos procurar apaixonadamente a união com a verdade - Sofia. (Müller, 1989, p. 65)
Eros como desejo de fusão com o amado e como procura da verdadeira vida nos impulsiona sempre de novo para:
- o caminho espiritual
- nos tornar unos com Deus
- crescermos além de nós mesmos e podermos respousar no êxtase de amor em Deus.
Mística e Eros (p. 12 a 13)
A ligação da Mística e Eros tem valor para todos, celibatários ou não, que queiram viver a sexualidade de tal modo que, transcendendo-a, possam chegar a Deus.
Referência:
GRÜN, A.; RIEDL, G. Mística e eros. Curitiba: Lyra Editorial, 2002. p. 1 - 13.
O autor do livro, Anselm Grün, OSB, monge e sacerdote benedito, é nascido em 1945 (acho que ter mais idade conta muito em algumas situações), doutor em Teologia, assessor espiritual e autor de vários livros como: "O céu começa em você", "Se quiser experimentar Deus", "Cada pessoa tem um anjo", O céu começa em você", "Os sonhos no caminho espiritual".
A tradução me parece dificultar a compreensão em alguns pontos ou é o texto original que não é tão claro. No entanto, temos que agradecer o que temos em mãos, algo necessário e sobre o que quase nada se lê, ouve ou se discute, constitui o tema do livro, antes, uma angústia velada que encontra nele muito alívio e entendimento. O autor fala de que os místicos que escrevem suas experiências têm um grande problema em achar as melhores palavras para se exprimir. Talvez more aí a causa de algumas dificuldades que encontrei na leitura.
O que apresento aqui é um resumo do texto do autor, recortes pinçados na verdade.
O livro nos propõe vencer a dicotomia corpo e alma, sexualidade e amor a Deus, e mais do que isto, aprender dos místicos que "a sexualidade é uma fonte de espiritualidade e que o eros tem a tarefa de conduzir a pessoa a tornar-se uma só realidade com Deus."(p. 1 e 2).
Comecemos por rever o que é mística e o que é eros.
Mística (p. 1 - 10)
Diversos são os conceitos. Abaixo segue alguns apresentados na obra, alguns de maior complexidade que outros, mais amplos:
1. Mística equivale à espiritualidade.
2. Refere-se somente à experiências extraordinárias de Deus.
3. "tornar-se uno pela pessoa (pela sua consciência) com um princípio divino". (Bierwaltes, 1987, p. 39).
4. "a tomada de consciência direta da presença do divino"e...o fenômeno originário de maior intensidade e da interioridade mais vital" (L. Richter, RGG, p. 1237).
5. "A experiência mística é um evento cognitivo e/ou de amor entre o ser humano e Deus, orientado ao mistério, dificilmente comunicável, derradeiramente inefável, experimentado pelo ser humano como gratuito e como dom de uma uniào com Deus, sem esforço". (Haas, 1989, p.43).
6. Na mística nào está em jogo uma assimilaçào de Deus (homoiosis), mas de tornar-se uno com ele (henosis)". "O místico nunca é idealista, mas realista". (Struve, 1981, p.124). Nào está em questào a perfeiçào, mas a realidade.
7. A mística consiste em estar desperto e atento: "A meu ver a mística consiste em estar atentos nào aos porquês muito distantes, mas às raízes vitais das coisas e pessoas totalmente próximas a nós...". (Roeck, 1991, p.88).
8. O termo deriva do adjetivo grego mystikos, correlato ao verbo myo, que quer dizer fechar os olhos e a boca para a transformação interior num mistério, e do verbo myeo, significando introdução aos mistérios.
8.1 Platão desenvolve uma mística filosófica "onde se une a ascese do espírito à visào espiritual mais alta e verdadeira, através do erotismo". (Haas, 1989, p.29).
8.2 A filosofia neoplatônica compreende a mística nào mais em nível cultural, mas espiritual. A mística é conhecimento de uma verdade envolta pelo mistério. Ela se refere ao ocultamento do divino fundamento do ser, que pode ser interiorizado somente por aquele que se separa da multidão, abrindo-se para Deus pela ascese e pela meditação. (Wulf, 1963, p.182)
Considerando a história da mística, temos dois tipos diferentes de mística:
1. Uma está em unir-se a Deus no fundo da própria alma - mística da essência.
2. Outra é a mística do amor.
A síntese integradora dos dois tipos é mais realista: para a mística do tornar-se uno está em jogo o amor a Deus que plenifica o nosso mais profundo desejo, assim como, para a mística do amor está em jogo o tornar-se uno e fundir-se com o amado.
Esta síntese nos libera da impressão de que a mística tem sempre a ver com experiências extraordinárias e com piedosas efusões da alma, além de também libertar da tentadora oposição de alguns teólogos entre uma mística do tu e outra do ser. Na tradição cristã o que se vê é a presença de ambas polaridades:
1. A procura de Deus por parte do amante, o debruçar-se para o amado e;
2. Tornar-se uno com Deus no fundo da minha alma.
Eros (p. 10 - 11)
Também de Eros temos diversos conceitos, que seguem abaixo:
1. Na mitologia grega ora temos que eros é o primeiro dos deuses e une os opostos.
2. Ora nos mitos gregos eros é um garotinho selvagem, independentemente de idade ou classe social, fere o coração dos seres humanos.
3. Para Platão eros é "um ser intermediário entre mortais e imortais".
4. Jung fala da escala erótica das quatro mulheres: Eva, Helena, Maria e Sofia (Jung, 1973, §210), sendo:
4.1 Eva: a mãe originária.
4.2 Helena: eros como predominância sexual, sobre um plano estético e romântico.
4.3 Maria: "eleva o eros à devoção religiosa e depois o espiritualiza".
4.4 Sofia: representa a sabedoria de eros; "revela uma espiritualização de Helena, portanto, de eros simplesmente". Portanto, eros é mais que sexualidade.
Portanto, eros é mais que sexualidade.
"Eros está numa relação com a sexualidade, porém não coincide com ela...Eros pode penetrar a sexualidade, humanizá-la, porém, em definitivo, a supera. É um 'potencial energético' (P.K. Kurz) que não apenas produz atração sexual, mas põe também a pessoaem relação com a língua, o mundo, a natureza, a profissão e os grupos sociais, com a arte. Na ausência de eros, dificilmente dar-se-á uma religião que toque e comova o coração" (Stoeckle, 1988, p. 332s.)
Quando falamos de Mística e Eros, eros:
- pode ser a força motriz - Eva - que nos conduz a unir-nos a Deus.
- pode agredir-nos e ferir-nos - Helena - principalmente como o adolescente selvagem da mitologia grega.
- segundo Sócrates, tem "em si o impulso para a salvação e a cura - Maria.
- é energia psíquica que nos estimula porque se trata de crescer - Sofia - nos abrir a procura do belo e do mais belo, da verdade.
Segundo o Simpósio de Platão, com o qual podemos perceber que a escala erótica de Jung se relaciona:
- eros é o deus que cria, o espírito criativo do homem - Eva.
- eros é aquele impulso em nós que nos faz desejar a uniào com uma outra pessoa num amor sexual ou de outra forma - Helena.
- eros é o desejo pela totalidade, pelo sentido, pela integração" - Maria.
- eros desperta em nós o desejo de saber, faz-nos procurar apaixonadamente a união com a verdade - Sofia. (Müller, 1989, p. 65)
Eros como desejo de fusão com o amado e como procura da verdadeira vida nos impulsiona sempre de novo para:
- o caminho espiritual
- nos tornar unos com Deus
- crescermos além de nós mesmos e podermos respousar no êxtase de amor em Deus.
Mística e Eros (p. 12 a 13)
A ligação da Mística e Eros tem valor para todos, celibatários ou não, que queiram viver a sexualidade de tal modo que, transcendendo-a, possam chegar a Deus.
Referência:
GRÜN, A.; RIEDL, G. Mística e eros. Curitiba: Lyra Editorial, 2002. p. 1 - 13.
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