As pessoas vêm e vão.
Já compus sobre isso há muitos anos atrás, falando de alguns padres que vinham e íam da minha convivência, que traziam grandes contribuições, que me ensinavam muito, que espelhavam coisas do alto que não se vê todo dia, que não se vê facilmente.
Eu já devia ter aprendido a dessensibilizar. Acho até que aprendi um pouco. Ou talvez só construí uma couraça nas tantas ídas das pessoas.
Mas foi inevitável que a couraça caísse com a visita tão vibrante que tive. Inevitável me permitir contagiar com a leveza, com a alma cantante de minha hóspede. Ah! Sua voz tão bonita. Seu sorriso tão sincero. Ninguém é perfeito. Ninguém é anjo, mas algumas pessoas são boas. E a gente fica vulnerável perto delas. A gente se olha, se gosta, depois, elas vão.
Que pena!
Tão pouco tempo pra tantas coisas.
Que bom!
Em tão pouco tempo tanta luz nesta casa.
Algo havia em comum mais do que uma herança étnica já tão diluída em mim.
Algo ficou pra sempre: o carinho, o afeto, a sensação boa.
É bom receber as pessoas. É bom vê-las livres em nossa casa. É bom ver que o mundo é uma aldeia. É bom mudar as coisas.
Há algumas poucas horas que se foi, a saudade é inevitável. E eu que pensei que não sentiria mais isso. Que me treinei pra deixar ir. Que há muitos anos não pegava numa mão com a tensão de quem segura.
Foi tudo que podia ser. Ficou tudo de bom.
Felicidades! Bênçãos multiplicadas eu lhe desejo por toda a sua vida, menina linda!
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
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