Agora a noite é minha. Só minha. Vou encontrar-me comigo. Saudades.
Não. Não é isso. Estou sempre e demais comigo.
Corrigindo...na verdade só vou soltar a cordinha do balão um pouquinho.
Aliás, gostei dessa expressão usada por uma pessoa importante outro dia.
Agora é hora do chardonay. Na verdade era preciso um Black Label ou conhecer o tal Jim Bim - destilado do milho e não do malte escocês, mas como quero soltar o balão aos poucos, melhor os 11 graus dos vinhos do que os 40 graus dos destilados.
Há pouco foi o minuto da cigarrilha de chocolate. Os meus fãs que não fumam devem estar decepcionados. E os fãs que fumam devem estar se sentindo em casa. Nada disso. Não fumo, nem sei tragar ( e tentei algumas vezes...rs). É só pelo prazer ou necessidade de transgredir um pouquinho e pelo aroma de chocolate, afinal, chocolate aciona o centro do prazer no cérebro e preciso muito disso hoje especialmente. Também é bonito ver a fumaça em linhas curvas subir rumo ao infinito, queria embarcar nelas. Niemayer sabe das coisas, o belo das estruturas está nas linhas curvas. Mas essa cigarrilha da Café Brasil é longa mesmo, no final ardia a mucosa abaixo da língua. Nunca senti isso, exceto quando excedi numa pimenta desconhecida que era forte. rs. Mas hoje, agora, a noite é pra arder mesmo. Enquanto sinto arder a mucosa esqueço da mente ardendo à tarde.
Lembrei da minha irmã de novo..."há dias que parecem noites". Ela diz isso como quem acha as noites ruins, eu na verdade gosto da noite, mais especificamente da madrugada, mas lembro da frase no sentido de quando uma coisa boa parece ruim. Sim, a tarde deveria ter sido boa mas teve uma parte ruim.
Estou cansada de gente burra e ofendida como disse uma vez a Maria Betânia numa entrevista. Alguns diriam, os psicólogos de plantão, "está dando muita importância, conferindo poder, assumindo um problema que não é seu...a rigidez do outro".
Pro inferno a Psicologia hoje, ou melhor, pouco importa que eu esteja me deixando afetar, sendo frágil, hoje sou, hoje sou humana, hoje não gostei de alguma coisa. Isso é humano. Sou tão humana nesta hora. E gosto quando me permnito ser. Estou cansada de ser uma entidade divina, forte, decidida, assertiva. Muitas vezes sou um super-herói de histórias em quadrinhos (já me chamaram de Super-M..i). E como todo super-herói tem uma personalidade secreta, a minha é o inverso da deles. Geralmente a personalidade secreta dos super-heróis é tímida, retraída (lembrando de Clark), a minha é transgressora. Ora, transgrido onde e como? Com uma cigarrilha? Um vinho? Uma postagem apimentada? Pouco até. Poderia transgredir nas gorduras, na velocidade na estrada, no volume da música, no treino de tiro ao alvo, em outras coisas também, sim, aquelas inclusive, mas hoje me basta a cigarrilha e o chardonay.
Pouco?
O bastante eu diria.
Até pra não conferir tanto poder ao burro e ofendido...rs.
Estou ácida hoje?
Já estive pior.
Tive uma pequena compulsão há pouco.
Postei noutro canal de rede social uma sequência de frases que gosto e exprimem um pouco do estado de humor do momento:
"Gente com dinheiro e sem cultura me cansa".
"A ignorância dói, mas não para o ignorante". (Agora fui arrogante eu sei...rs)
"Gosto de gente fina, elegante e sincera". (Já postei sobre isso.)
"A melhor coisa que tenho pra lhe oferecer é sempre a verdade". (John Powell)
"O comportamento do ser humano livre é sempre imprevisível - simplesmente porque é livre". (John Powell) (Que raiva dessa frase hoje...rs...fui obrigada a deixar a liberdade do outro interferir na minha...que diabos!)
Estou com a TV ligada (sem o som) no programa "TODO SEU" com o elegante Ronnie Von, sim, ele é elegante toda vez que é gentil e sempre o é na TV com todos.
Estou ouvindo a banda Third Day, porque o rítmo é rock...preciso disso hoje...as melodias me embalam...as letras falam de mim um pouco às vezes...dá a falsa sensação que alguém me entende...alguém passa por coisas semelhantes. Tudo bem, nunca alguém andará meu caminho com minhas sandálias, mas preciso dessa impressão de compreensão, de cumplicidade, de intimidade, mesmo que falsa.
Meu balão já subiu o necessário. Mas aqui em cima falta companhia. Preciso de uma pra isso também. Para os delírios sim! rsrs. Não só obviamente. Preciso de companhia para as realidades também.
A voz do vocalista da banda é forte, encorpada. Acabo de lembrar, nas fotos da banda ele está de cavanhaque...isto lembra alguém importante.rs.
A membrana dos meus neurônios deve estar bem alimentada, as associações estão fluídas e velozes. Adoro quando isso acontece...rs.
Tá, é dopamina em excesso. Tudo bem. Essa sou eu. E tem uma coisa boa, quando não quero ser assim tenho um recurso perfeito...troco o Chardonay e as emoções normais do dia-a-dia por Sifrol...rs. Só tem um inconveniente, ele me transforma num ciborgue (Cyborg), mas muito eficiente pra algumas coisas e momentos em que emoções sejam desprezíveis.
Agora, a dor e rigidez nos músculos do pescoço já passaram...já estou conseguindo sorrir...já estou cantando...já estou com as mãos erguidas ladeadas, os indicadores pronunciados e alternando movimentos para a direita e esquerda.
Lunático isso pra você?
Experimente!
Sinta-se leve.
À propósito...
Faça roupas de cambraia pro verão
Respire
Transpire
E se inspire.
Leveza é a palavra de sugestão
Nada menos
Merecemos
É tudo que queremos.
Cambraia
Praia
Saia
Mas volte.
Escutei o sonzinho típico da minha caixa postal...estou esperando algo chegar. Sim, é o que eu esperava. Boa noite a todos.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Um papelão
Não confundam o papelão conotativo com o denotativo.
Ora, o papelão no sentido denotativo é um material utilíssimo, de grande aplicabilidade porque envolve, protege e é leve.
O papelão que motivou esta escrita, deve ser lido no sentido conotativo e pejorativo.
Pegue-se os pontos fracos do material (a estrutura e natureza pouco resistente; a grande porosidade que lhe faz frágil diante de qualquer sinal de umidade; a estética nada suficiente para adornar, apenas para embrulhar), aplique-os a um determinado ser e assim temos alguém inútil, de nenhuma aplicabilidade porque não sabe, não pode e não quer envolver de forma a congregar; porque expõe-se e expõe quem deveria proteger; e porque diante de uma chuva de argumentos sólidos fica pesado e sobrecarrega.
Um homem adulto infantilizado pela sua resistência de enfrentamento a um não, a uma frustração...é um homem papelão;
Um homem adulto infantilizado pelo seu fascínio do status, cujo título declarado ainda não conquistou e por isso mesmo (os realmente titulados têm fascínio tão somente pelo conhecimento);
Um homem adulto infantilizado pelo seu apelo ao sentimentalismo quando lhe faltam argumentos lógicos;
Um homem adulto infantilizado pela sua alteração, para cima, de volume de voz; pelo bater os pés, pela verbalização do "não vou, não quero, não faço";
Um homem adulto infantilizado pela sua lógica mercantilista do "toma lá - da cá" das relações de negócio;
Um homem adulto infantilizado pela sua falta de visão panorâmica e projetiva da situação;
Um homem adulto infantilizado pelo seu "mito" de que mulheres se intimidam diante de uma figura masculina, de alta estatura física e grotesca;
Um homem adulto infantilizado pela sua falta de delicadeza e finesse no trato com o (a) outro (a);
Um homem adulto infantilizado pela sua arrogância e prepotência de julgar-se no direito de interferir na gerência que compete ao outro;
Um homem adulto infantilizado pela sua baixa auto-estima;
Um homem adulto infantilizado por suas insinuações vazias e desprovidas de conhecimento da causa;
Um homem adulto infantilizado pela projeção de suas deficiências profissionais sobre os outros;
Um homem adulto infantilizado pela sua falsa idéia de que a educação de seus filhos é um bem negociável;
Um homem adulto infantilizado pela sua omissão da tarefa paterna de fazer crescer, amadurecer;
Um homem adulto infantilizado pela sua falta de treino da assertividade na resolução de conflitos;
Um homem papelão!
Que podia não ter se exposto à chuva de argumentos lógicos e científicos, tampouco tentado infrutiferamente manter-se rígido e inflexível em sua posição;
Que podia ter se aberto ao diálogo;
Que podia ter aceitado o não ao seu pedido, por uma questão de inteligência e civilidade, mas antes ainda por uma questão de maturidade psicológica;
Que podia ter respeitado o papel, a função de um educador tanto quanto se respeita o papel, a função de um médico, de um advogado, de um macumbeiro, de um cabeleireiro;
Que perdeu a máscara e a oportunidade de exercitar seu próprio crescimento.
Um homem papelão é um homem adulto infantilizado que se quer longe, não por suas solicitações, mas pela sua incapacidade de compreensão da realidade, pelo seu embotamento reflexivo, pela sua ironia, pela sua fraqueza moral de tentar colocar palavras na boca de outrem na tentativa vã de mudar o foco das atenções.
Aliás, quando as palavras não são possíveis, os olhos podem fazer calar com muito mais precisão e força do que se imagina.
O homem papelão não conseguiu ficar olhando para os olhos da interlocutora e ler neles o quanto ele era diminuto naquele momento.
O homem papelão deslizou no sofá abaixando sua estatura, abrandou a voz, baixou o olhar quando viu na sua interlocutora os olhos decepcionados com sua infantilidade.
O homem papelão perdeu sua oportunidade de elevar-se, de apoiar-se, de ser mais e melhor.
O homem papelão é assim, se agarra ao pouco que tem e nada multiplica, nada cresce, nada avança, nada agrega, se destrói.
O homem papelão custa à sua interlocutora horas caríssimas de atendimento efetivo a quem de direito - a geração nova, esta sim, aberta, reflexiva, lógica, àvida de novas visões, não abdica de seu direito de pensar, de experimentar, de rever, de questionar, de contrapor, mas também de ouvir, de dialogar, exceto quando é conduzida e modelada por posturas rígidas e inflexíveis de seus progenitores ou até outros adultos infantilizados que pretenciosamente rogam a si o papel de "modelos".
O homem papelão é um ladrão, do tempo de efetivo trabalho criativo-organizacional de sua interlocutora.
O homem papelão precisava ser aqui caracterizado para ser identificado mais facilmente no dia-a-dia e neutralizado.
Oh!
Que maldade neste texto!
Que dureza!
Que acidez!
Não.
Isto é revolta!
Isto é indignação!
Isto é sensibilidade!
Isto é saudável!
O desabafo é indício de que ainda não se instalou na interlocutora do homem papelão a síndrome de bounout...rsrs.
E viva o mirante conquistado e os outros acima que hão de vir!
Ora, o papelão no sentido denotativo é um material utilíssimo, de grande aplicabilidade porque envolve, protege e é leve.
O papelão que motivou esta escrita, deve ser lido no sentido conotativo e pejorativo.
Pegue-se os pontos fracos do material (a estrutura e natureza pouco resistente; a grande porosidade que lhe faz frágil diante de qualquer sinal de umidade; a estética nada suficiente para adornar, apenas para embrulhar), aplique-os a um determinado ser e assim temos alguém inútil, de nenhuma aplicabilidade porque não sabe, não pode e não quer envolver de forma a congregar; porque expõe-se e expõe quem deveria proteger; e porque diante de uma chuva de argumentos sólidos fica pesado e sobrecarrega.
Um homem adulto infantilizado pela sua resistência de enfrentamento a um não, a uma frustração...é um homem papelão;
Um homem adulto infantilizado pelo seu fascínio do status, cujo título declarado ainda não conquistou e por isso mesmo (os realmente titulados têm fascínio tão somente pelo conhecimento);
Um homem adulto infantilizado pelo seu apelo ao sentimentalismo quando lhe faltam argumentos lógicos;
Um homem adulto infantilizado pela sua alteração, para cima, de volume de voz; pelo bater os pés, pela verbalização do "não vou, não quero, não faço";
Um homem adulto infantilizado pela sua lógica mercantilista do "toma lá - da cá" das relações de negócio;
Um homem adulto infantilizado pela sua falta de visão panorâmica e projetiva da situação;
Um homem adulto infantilizado pelo seu "mito" de que mulheres se intimidam diante de uma figura masculina, de alta estatura física e grotesca;
Um homem adulto infantilizado pela sua falta de delicadeza e finesse no trato com o (a) outro (a);
Um homem adulto infantilizado pela sua arrogância e prepotência de julgar-se no direito de interferir na gerência que compete ao outro;
Um homem adulto infantilizado pela sua baixa auto-estima;
Um homem adulto infantilizado por suas insinuações vazias e desprovidas de conhecimento da causa;
Um homem adulto infantilizado pela projeção de suas deficiências profissionais sobre os outros;
Um homem adulto infantilizado pela sua falsa idéia de que a educação de seus filhos é um bem negociável;
Um homem adulto infantilizado pela sua omissão da tarefa paterna de fazer crescer, amadurecer;
Um homem adulto infantilizado pela sua falta de treino da assertividade na resolução de conflitos;
Um homem papelão!
Que podia não ter se exposto à chuva de argumentos lógicos e científicos, tampouco tentado infrutiferamente manter-se rígido e inflexível em sua posição;
Que podia ter se aberto ao diálogo;
Que podia ter aceitado o não ao seu pedido, por uma questão de inteligência e civilidade, mas antes ainda por uma questão de maturidade psicológica;
Que podia ter respeitado o papel, a função de um educador tanto quanto se respeita o papel, a função de um médico, de um advogado, de um macumbeiro, de um cabeleireiro;
Que perdeu a máscara e a oportunidade de exercitar seu próprio crescimento.
Um homem papelão é um homem adulto infantilizado que se quer longe, não por suas solicitações, mas pela sua incapacidade de compreensão da realidade, pelo seu embotamento reflexivo, pela sua ironia, pela sua fraqueza moral de tentar colocar palavras na boca de outrem na tentativa vã de mudar o foco das atenções.
Aliás, quando as palavras não são possíveis, os olhos podem fazer calar com muito mais precisão e força do que se imagina.
O homem papelão não conseguiu ficar olhando para os olhos da interlocutora e ler neles o quanto ele era diminuto naquele momento.
O homem papelão deslizou no sofá abaixando sua estatura, abrandou a voz, baixou o olhar quando viu na sua interlocutora os olhos decepcionados com sua infantilidade.
O homem papelão perdeu sua oportunidade de elevar-se, de apoiar-se, de ser mais e melhor.
O homem papelão é assim, se agarra ao pouco que tem e nada multiplica, nada cresce, nada avança, nada agrega, se destrói.
O homem papelão custa à sua interlocutora horas caríssimas de atendimento efetivo a quem de direito - a geração nova, esta sim, aberta, reflexiva, lógica, àvida de novas visões, não abdica de seu direito de pensar, de experimentar, de rever, de questionar, de contrapor, mas também de ouvir, de dialogar, exceto quando é conduzida e modelada por posturas rígidas e inflexíveis de seus progenitores ou até outros adultos infantilizados que pretenciosamente rogam a si o papel de "modelos".
O homem papelão é um ladrão, do tempo de efetivo trabalho criativo-organizacional de sua interlocutora.
O homem papelão precisava ser aqui caracterizado para ser identificado mais facilmente no dia-a-dia e neutralizado.
Oh!
Que maldade neste texto!
Que dureza!
Que acidez!
Não.
Isto é revolta!
Isto é indignação!
Isto é sensibilidade!
Isto é saudável!
O desabafo é indício de que ainda não se instalou na interlocutora do homem papelão a síndrome de bounout...rsrs.
E viva o mirante conquistado e os outros acima que hão de vir!
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Poema antigo 4 e recente
A dialética da vida
Mistura de sangue,
força e medo
fundem-se,
confundem-me.
Enquanto
a dor extensa
distende os fios
dos tecidos nobres
de que sou feita,
esgarceio e ouço
também a torneira
gotejar a vida
depois de muito
tensionar e estender,
tensionar e estender.
Mistura de sangue,
força e medo
fundem-se,
confundem-me.
Enquanto
a alegria imensa
dilata os poros
da pele que abriga
minh'alma e ossos
giro, vibro e sinto
o calor da fogueira
inflamar a vida
depois de muito
iluminar e aquecer,
iluminar e aquecer.
(Déc.90 e 2011)
Mistura de sangue,
força e medo
fundem-se,
confundem-me.
Enquanto
a dor extensa
distende os fios
dos tecidos nobres
de que sou feita,
esgarceio e ouço
também a torneira
gotejar a vida
depois de muito
tensionar e estender,
tensionar e estender.
Mistura de sangue,
força e medo
fundem-se,
confundem-me.
Enquanto
a alegria imensa
dilata os poros
da pele que abriga
minh'alma e ossos
giro, vibro e sinto
o calor da fogueira
inflamar a vida
depois de muito
iluminar e aquecer,
iluminar e aquecer.
(Déc.90 e 2011)
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Poema antigo 3
Contentando-me
Chegou o vento
que alivia
o meu penar.
Ele nem toca
só rodeia
o meu olhar.
E mesmo assim
a alegria
invade o ar,
a esperança
incendeia
e faz criar
mil sonhos,
fantasias
pra enganar
a realidade
que é difícil
de aceitar:
o vento
não chegará
a me abraçar,
o vento
não se deixaria
acarinhar.
(24.01.90)
Chegou o vento
que alivia
o meu penar.
Ele nem toca
só rodeia
o meu olhar.
E mesmo assim
a alegria
invade o ar,
a esperança
incendeia
e faz criar
mil sonhos,
fantasias
pra enganar
a realidade
que é difícil
de aceitar:
o vento
não chegará
a me abraçar,
o vento
não se deixaria
acarinhar.
(24.01.90)
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Um presente nada silencioso
A sensibilidade foi posta no candelabro.
"Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça!" (Mc 4, 23)
Um comentário fatual - "...é bom fazer silêncio às vezes". em meio a uma "conversa" supostamente despretensiosa foi "ouvido" como quem ouve uma execução de orquestra e distingue o arranjo sutil do cello (abreviatura carinhosa para violoncelo) colorindo a apresentação do conjunto.
Distinguindo os "sons" do "silêncio" que colore a vida, o "ouvinte" presenteou-me com o magnífico poema que faço questão de dividir.
"Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça!"(Mc 4,23)
EL ELOGIO DEL SELENCIO
(Alberto Masferrer)
Silencio es recordar que toda palabra tiene un hoy y un mañana; es decir; un valor de momento y un alcance futuro incalculable.
Silencio es recordar que el valor de la palabra que pronunció no tanto viene de su propia significación ni de la intención que yo le imprimo, cuánto de la manera con que la comprende quién la oye.
Silencio es reconocer que los conflictos se resuelven mejor callando que hablando, y que el tiempo influye más en ellos que las palabras.
Silencio es reprimir la injuria que iba a escapársenos, y olvidar la que nos infirieron.
Silencio es recordar que si hubiera diferido una hora sola mi juicio sobre tal persona o suceso, en esa hora pudo llegar un dato nuevo, que hiciera variar aquél juicio temerario y cruel.
Silencio es recordar que el simple hecho de repetir lo que otros dicen, es formar la avalancha que luego arrastra la reputación y la tranquilidad de los demás.
Silencio es no quejarse, para no aumentar las penas de los otros.
Silencio es decir HICE, en vez de HARÉ.
Silencio es recordar que la palabra al pronunciarla, se lleva una parte de la energía necesaria para realizar la idea que aquélla encarna.
Silencio es no exponer la idea o el plan a medio concebir, ni leer la obra en borrador, ni dar como criatura viviente lo que es apenas un anhelo.
Silencio es la raíz y por eso sostiene.
Silencio es la savia, y por eso alimenta.
Silencio es recordar que si para nuestras cuitas y esperanzas es nuestro corazón un relicario, el corazón ajeno puede ser una plaza de feria y hasta un muladar.
Silencio es el capullo donde la oruga se cambia en mariposa y silencio es la nube donde se forma el rayo.
Silencio es concrentarse, seguir la propia órbita, hacer la propia obra, cumplir el propio designio.
Silencio es meditar, medir, pesar, aquilatar y acrisolar.
Silencio es la palabra justa, la intención recta, la promesa clara, el entusiasmo refrenado, la devoción que sabe a donde va.
Silencio es SER UNO MISMO, y no tambor que resuene bajo los dedos de la muchedumbre.
Silencio es tener un corazón de uno, un cerebro de uno, y no cambiar de sentimientos o de opinión porque así lo quieren los demás.
Silencio es hablar con DIOS antes que con los hombres, para no arrepentirse después de haber hablado.
Silencio es hablar uno calladamente con su propio dolor, y contenerlo hasta que se convierta en sonrisa, en plegaria, o en canto.
Silencio es, en fin, el reposo del sueño y el reposo de la muerte, donde todo se purifica y restaura, donde todo se iguala y perdona.
Obtenido de "http://es.wikisource.org/wiki/El_elogio_del_silencio"
Fonte:
C:\Users\Acer\AppData\Local\Microsoft\Windows\Temporary Internet Files\Content.IE5\G23FQLNE\elogio del Silencio(2).htm
"Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça!" (Mc 4, 23)
Um comentário fatual - "...é bom fazer silêncio às vezes". em meio a uma "conversa" supostamente despretensiosa foi "ouvido" como quem ouve uma execução de orquestra e distingue o arranjo sutil do cello (abreviatura carinhosa para violoncelo) colorindo a apresentação do conjunto.
Distinguindo os "sons" do "silêncio" que colore a vida, o "ouvinte" presenteou-me com o magnífico poema que faço questão de dividir.
"Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça!"(Mc 4,23)
EL ELOGIO DEL SELENCIO
(Alberto Masferrer)
Silencio es recordar que toda palabra tiene un hoy y un mañana; es decir; un valor de momento y un alcance futuro incalculable.
Silencio es recordar que el valor de la palabra que pronunció no tanto viene de su propia significación ni de la intención que yo le imprimo, cuánto de la manera con que la comprende quién la oye.
Silencio es reconocer que los conflictos se resuelven mejor callando que hablando, y que el tiempo influye más en ellos que las palabras.
Silencio es reprimir la injuria que iba a escapársenos, y olvidar la que nos infirieron.
Silencio es recordar que si hubiera diferido una hora sola mi juicio sobre tal persona o suceso, en esa hora pudo llegar un dato nuevo, que hiciera variar aquél juicio temerario y cruel.
Silencio es recordar que el simple hecho de repetir lo que otros dicen, es formar la avalancha que luego arrastra la reputación y la tranquilidad de los demás.
Silencio es no quejarse, para no aumentar las penas de los otros.
Silencio es decir HICE, en vez de HARÉ.
Silencio es recordar que la palabra al pronunciarla, se lleva una parte de la energía necesaria para realizar la idea que aquélla encarna.
Silencio es no exponer la idea o el plan a medio concebir, ni leer la obra en borrador, ni dar como criatura viviente lo que es apenas un anhelo.
Silencio es la raíz y por eso sostiene.
Silencio es la savia, y por eso alimenta.
Silencio es recordar que si para nuestras cuitas y esperanzas es nuestro corazón un relicario, el corazón ajeno puede ser una plaza de feria y hasta un muladar.
Silencio es el capullo donde la oruga se cambia en mariposa y silencio es la nube donde se forma el rayo.
Silencio es concrentarse, seguir la propia órbita, hacer la propia obra, cumplir el propio designio.
Silencio es meditar, medir, pesar, aquilatar y acrisolar.
Silencio es la palabra justa, la intención recta, la promesa clara, el entusiasmo refrenado, la devoción que sabe a donde va.
Silencio es SER UNO MISMO, y no tambor que resuene bajo los dedos de la muchedumbre.
Silencio es tener un corazón de uno, un cerebro de uno, y no cambiar de sentimientos o de opinión porque así lo quieren los demás.
Silencio es hablar con DIOS antes que con los hombres, para no arrepentirse después de haber hablado.
Silencio es hablar uno calladamente con su propio dolor, y contenerlo hasta que se convierta en sonrisa, en plegaria, o en canto.
Silencio es, en fin, el reposo del sueño y el reposo de la muerte, donde todo se purifica y restaura, donde todo se iguala y perdona.
Obtenido de "http://es.wikisource.org/wiki/El_elogio_del_silencio"
Fonte:
C:\Users\Acer\AppData\Local\Microsoft\Windows\Temporary Internet Files\Content.IE5\G23FQLNE\elogio del Silencio(2).htm
Uma reverberação
Se é verdade que tudo no universo está ligado numa rede e que o que se faz aqui reverbera ali...isto talvez explique o fato de às vezes recebermos um presente.
Entenda-se presente como algo agradável que chega gratuitamente, sem esperarmos ou termos feito qualquer coisa ou quase nada para recebê-lo. Talvez na teoria da rede isso seja uma reverberação de algo que fizemos em outro momento. É como se o que fizemos de bom, a alguém um dia, ficasse reverberando no universo e este nos devolvesse vez ou outra.
Uma vez saltou-me aos olhos uma passagem de um livro:
A personagem era uma mulher que vibrava com as coisas belas da vida e a ela não doía "bater palmas" (esta é uma expressão cunhada pela minha sobrinha Fran que adorei e tomei emprestado), costumava distribuir agrados - palavras de estímulo ou elogio a toda situação ou pessoa que lhe surpreendesse com coisas boas, belas e verdadeiras. Alguns entendiam as palmas, aceitavam até mas, as achavam exageradas; outros aceitavam as palmas mas não entendiam o porque delas; outros ainda rejeitavam as palmas que ela lhes dava com tanta emoção, carinho e cuidado.
Na cena em questão, ela estava na rua a olhar uma vitrine quando passa perto dela um homem atento que vê seu reflexo no vidro e decide chamar sua atenção. Entra na loja, escreve um bilhete, invade o espaço da vitrine onde ela olha e assumindo o lugar de um manequim exibe o bilhete pra que ela leia:
"Você é resultado de um "blend" único, um resultado interessante e muito belo"!
Ela se surpreende e continua lendo o bilhete que lhe traz outras coisas interessantes. Admira, sorri, agradece, mas disfarça e sai.
Impossível não se sensibilizar com esta cena, com o inesperado, a percepção, o paradoxo da intensidade e sutileza das "palmas" (escritas no bilhete), agora por ela recebidas.
Tantas foram distribuídas por ela, que naquele momento parecia retornarem de onde ela não esperava.
Entenda-se presente como algo agradável que chega gratuitamente, sem esperarmos ou termos feito qualquer coisa ou quase nada para recebê-lo. Talvez na teoria da rede isso seja uma reverberação de algo que fizemos em outro momento. É como se o que fizemos de bom, a alguém um dia, ficasse reverberando no universo e este nos devolvesse vez ou outra.
Uma vez saltou-me aos olhos uma passagem de um livro:
A personagem era uma mulher que vibrava com as coisas belas da vida e a ela não doía "bater palmas" (esta é uma expressão cunhada pela minha sobrinha Fran que adorei e tomei emprestado), costumava distribuir agrados - palavras de estímulo ou elogio a toda situação ou pessoa que lhe surpreendesse com coisas boas, belas e verdadeiras. Alguns entendiam as palmas, aceitavam até mas, as achavam exageradas; outros aceitavam as palmas mas não entendiam o porque delas; outros ainda rejeitavam as palmas que ela lhes dava com tanta emoção, carinho e cuidado.
Na cena em questão, ela estava na rua a olhar uma vitrine quando passa perto dela um homem atento que vê seu reflexo no vidro e decide chamar sua atenção. Entra na loja, escreve um bilhete, invade o espaço da vitrine onde ela olha e assumindo o lugar de um manequim exibe o bilhete pra que ela leia:
"Você é resultado de um "blend" único, um resultado interessante e muito belo"!
Ela se surpreende e continua lendo o bilhete que lhe traz outras coisas interessantes. Admira, sorri, agradece, mas disfarça e sai.
Impossível não se sensibilizar com esta cena, com o inesperado, a percepção, o paradoxo da intensidade e sutileza das "palmas" (escritas no bilhete), agora por ela recebidas.
Tantas foram distribuídas por ela, que naquele momento parecia retornarem de onde ela não esperava.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Poema antigo 2
Canção de Ninar
Quando a noite entra
as notas urbanas
se tornam graves e lentas
longas e densas
como se houvesse
um arco eterno
a tocar as cordas insanas
do cello da vida.
(25.02.09)
Quando a noite entra
as notas urbanas
se tornam graves e lentas
longas e densas
como se houvesse
um arco eterno
a tocar as cordas insanas
do cello da vida.
(25.02.09)
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