O título acima sugere o toque humano que provoca arrepios, suspiros, espasmos, delírios e toda sorte de sensações físicas extraordinárias, daquelas que só quem viveu sabe o que é - e há quem não tenha experimentado ainda esses "ais", a esses eu digo que "convém se permitir", por uma questão de conhecer sua humanidade.
Devo, porém, dar aqui mais outra explicação, assim como no dicionário encontramos mais de um sentido para as palavras.
Hoje, 7h45 estava na estrada, num ônibus, lendo o livro "A cabana". Lá fora um dia iniciando cheio de sol, nossa paisagem de campos estampada na janela, uns pontos de interrogação povoando os pensamentos e uma emoção sendo sentida no estômago... "coisas boas, belas e outras nada suaves."
O título do livro "A cabana", quando vi estampado demais nas vitrines, reais ou virtuais, me sugeriu mais uma "literatura comestível", daquelas que se digere facilmente, sem muito esforço e que por isso, não sustenta...rs, no entanto, porém, todavia, fui recebendo ao longo de alguns meses, indicações de pessoas que considero muito qualificadas para me indicar algo simplista, de pouco significado ou que pouco contribua para melhor ver a realidade. Bem, entre elas estavam especialistas em literatura, além de um mestre em psicologia e teologia, todos com grande cultura geral.
Enquanto me interrogava, me reduzia a fatos passados e quase me fechava ao que se apresentara de novo a minha frente - por puro vício da couraça, lia o capítulo 6 e 7 do livro.
De repente na p. 83... "A vida custa um bocado de tempo e um monte de relacionamentos."
- Opa, opa, devo ter tido um "Déjà Vu", parece que já li isso...rs.
Na p. 87... "a dor tem a capacidade de cortar nossas asas e nos impedir de voar."
- E as asas estavam caindo...eu tinha os pés por demais plantados no chão.
Na p. 89... "A mulher estava se divertindo muito com ela mesma e não havia um pingo de arrogância para estragar aquilo. - Nós criamos vocês para compartilhar isso."
- Gosto disso...rir de mim e gosto dos que riem de si, gosto de deixar-me ser e dos que se deixam ser...à revelia de alguns juízos.
Na p. 90... "os seres humanos não são definidos por suas limitações, e sim pelas intenções que tenho para eles."
- A emoção no estômago tinha a ver com isto, uma autodefinição com premissas falsas.
Na p. 92... "Ela se virou para fazer a pergunta a Jesus, que havia acabado de entrar no chalé".
- Esta palavra "chalé" foi usada três dias antes por um cineasta, num contexto que afagava e assustava ao mesmo tempo. A palavra ficou se repetindo no ar curiosamente e toda sorte de dúvida sobre ela também, mas...era num chalé que Jesus estava entrando...as dúvidas se dissiparam...nada deveria assustar...era um afago. Precognição, telepatia do cineasta.
Na p. 96... "- Uuuuuh, isso é tãããão bom!...Deus era assim no relacionamento? Muito linda e atraente!"
- Deus é eufórico também! E a euforia é atraente! Concluí rindo sozinha...rs.
Na p. 96 também... "Claro. Nós íamos ter um molho japonês incrível, mas o sem-jeito ali."; na p. 101... "-Acho que posso viver com isso. Jesus deu um risinho." ; na p. 102... "Jesus riu. Agora ele estava gargalhando."
- Deus é bem humorado! Meu tipo esse Cara...rs.
Na p. 102 ainda... "O ser sempre transcende a aparência."; "Deus que é a base de todo ser, mora dentro... e emerge em última instância como o real. Qualquer aparência que mascare essa verdade está destinada a cair."
- A proposta que recebi do médico de almas, longe de ser um teste para julgamento e seleção, podia de repente ser a grandeza de fazer cair a máscara da gangorra.
Comemorei...mandei torpedos da estrada...o estômago estava bem, a mente livre, a alma leve. Deus faz afagos sutis, inesperados e arrebatadores! Como não ficar eufórica? rs
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